sábado, 1 de junho de 2013

Rurouni Games

Alex Kidd in Miracle World, Master System


       Muito antes de Sonic The Hedgehog ser o queridinho da Sega, a empresa possuía um mascote em forma de menino, com cabeça e orelhas de tamanho descomunal e costeletas de fazer inveja a Elvis Presley…

      Seu nome era Alex Kidd, e sua estréia na linha de jogos com seu nome se deu no longínquo (eletronicamente falando) ano de 1986. Alex Kidd In Miracle World foi lançado inicialmente no Japão, mas seu sucesso sem precedentes ao redor do mundo inspirou outros cinco jogos da série.

       A trama do jogo vinha de maneira resumida no manual do usuário. Alex morava em um planeta chamado Aries, em uma espécie de mosteiro onde aprendeu uma arte marcial chamada Shellcore, que possibilitava quebrar pedras com a força de um soco. Até que um dia ele encontra um homem prestes a morrer que lhe faz a revelação dos perigos que a cidade de Radactian corria. Alex precisa então viajar até Miracle World e derrotar o que está ameaçando a tranquilidade de Radactian.

       A variedade era o grande atrativo do jogo. Alex podia comprar diversos itens com o dinheiro que ia coletando, como sua inesquecível motoca e até um helicóptero. Seus inimigos também eram memoráveis, tanto por suas “caras de mão” quanto por suas partidas de janken (pedra, papel e tesoura), podendo ser auxiliadas com itens que possibilitavam adivinhar o que o adversário ia escolher. Com muitos bugs e uma trilha sonora que gruda na mente, Alex Kidd é até hoje lembrado como um dos melhores jogos de plataforma da Sega em sua época.

Paperboy: A Árdua Missão de Entregar Jornais


        Os jogos de videogame eram muito mais inocentes há algumas décadas. Não controlávamos espartanos musculosos em busca de vingança ou mercenários armados até os dentes. Ao invés disso, assumíamos o controle de um garotinho que entregava jornais para arrecadar pontos. Um tema simples, mas de qualidade inquestionável, afinal Paperboy se tornou um verdadeiro clássico, aclamado até hoje por milhões de gamers saudosistas.

       Produzido pela Atari, Paperboy foi originalmente lançado em 1984 para arcades e recebeu conversões para diversas outras plataformas nos anos seguintes, sendo que uma das mais memoráveis é a conversão para o Nintendinho, que chegou em 1988.

       O game colocava o jogador no papel de um moleque cuja missão era entregar jornais enquanto andava de bicicleta. Obviamente, as coisas não são assim tão simples, pois as ruas da cidade estão cheias de obstáculos como cachorros, bueiros, hidrantes, motoristas apressadinhos, operários realizando obras e muito mais.

       Além de todos os perigos que uma rua movimentada lhe reservava, o jogador ainda devia se preocupar em entregar os jornais nas casas certas – de preferência acertando na caixa de correio para uma pontuação perfeita. Se você errasse a mira, podia acabar quebrando uma janela, o que geralmente deixava o proprietário um pouco nervoso.

       Mesmo não sendo nenhum RPG, Paperboy apresentava 3 finais diferentes, podendo acabar em sucesso ou demissão, dependendo do seu desempenho. Cada fase do game correspondia a um dia da semana, com o trajeto ficando sempre mais difícil. Fazer boas entregas significava novos assinantes para o jornal (e consequentemente, mais pontos), mas se você deixasse algum leitor na mão, ele poderia não só cancelar a assinatura, como sair correndo atrás de você.

       Paperboy é o tipo de jogo que poderia ser frustrante nas primeiras partidas, mas o sucesso de uma entrega perfeita era extremamente recompensador. O game ganhou algumas sequências (umas bem estranhas, como o Paperboy 64), mas clássica mesma é sua versão original nos arcades, desafiadora, divertida e viciante como um bom game dos anos 80 devia ser.

Super Mario Bros 3: Versão Japonesa X Americana


       Lançado em 1988 no Japão, Super Mario Bros. 3 é tido por muitos como o melhor jogo da era 8-bits da Nintendo. O game levou quase dois anos para chegar em terras norte-americanas, tempo que a Nintendo usou para fazer várias mudanças e correções no jogo. Se você já ouviu as lendas das diferentes versões de Super Mario Bros. 3, chegou a hora de descobrir o que é verdade e o que não é.

       Dentre as mudanças estão pequenos detalhes, como a animação na hora que o Mario perde um traje ou detalhes no cenário; até mudanças maiores, como a correção de glitches e a forma do Mario quando perde um power-up: na versão americana, Mario fica na sua versão grande, enquanto que os japoneses tinham que se contentar com o Mario pequeno.

       Além disso, os cenários contam com sutis diferenças, e até a transição do mapa do mundo para as fases acontece de maneira sutilmente diferenciada.